1. Especificações técnicas
O primeiro passo para planejar a produção é definir quais serão as especificações do produto e o que será necessário para produzi-lo. O formato da máscara, a quantidade média de material utilizado e os custos envolvidos são alguns exemplos. “Ter várias opções também é bom. Muitos estão produzindo modelos que prendem na cabeça em vez da orelha, por exemplo”, diz Juliana. É importante ainda observar as recomendações do Ministério da Saúde, que incluem o uso de uma camada dupla de tecidos como cotton e algodão.
2. Estratégia de venda
A recomendação do Ministério da Saúde é de que as máscaras sejam de uso individual e sejam substituídas depois que ficarem úmidas. Para a consultora, essa é uma oportunidade de vender kits com mais de uma unidade, inclusive com versões para adultos e para crianças. “Vender kits promocionais otimiza o processo e aumenta o tíquete médio”, diz ela.
3. Divulgação
As redes sociais são um canal interessante para a divulgação. A descrição do produto deve ser clara e conter as instruções de uso e higienização necessárias para que a utilização da máscara seja segura e eficiente. Evidenciar os cuidados tomados no processo de produção também ajuda a ganhar confiança.
Segundo a consultora, quem trabalhava com outros produtos e está diversificando o portfólio deve ser cuidadoso no diálogo com os clientes. “Todos conhecem a situação atual, mas é importante comunicar que você fez essa adequação.”
4. Entrega
Aplicativos de entrega podem ser muito úteis, mas não são acessíveis ou viáveis para todo mundo. Por isso, é comum realizar as entregas por conta própria ou com a ajuda de parceiros. A recomendação de Juliana nesses casos é organizar bem a entregas. “Planejar datas, horários e regiões ajuda a otimizar tempo e custo. É bom pensar nisso antes.”
5. Meios de pagamento
O uso de meios de pagamento digitais é ainda mais vantajoso nesse momento, já que oferece praticidade e evita o contato com objetos compartilhados, como maquininhas de cartão. Se a opção for por utilizá-las, é importante realizar a higienização com frequência. O ideal é evitar o uso de dinheiro.
6. Demanda
A consultora diz acreditar que a demanda pelas máscaras vai se prolongar por pelo menos três ou quatro meses. Mesmo que a situação no país melhore, a tendência é que a volta à normalidade seja gradual. Mesmo assim, ela recomenda ter cautela e não formar um grande estoque. “Se houver previsão de fazer estoque, significa que é preciso divulgar para outros mercados para poder escoar as peças”, diz.
7. Parcerias
Com a alta demanda pelas máscaras, muitas empreendedoras têm se deparado com uma demanda maior do que conseguem atender. Nesses casos, a consultora ressalta o potencial e o impacto de se unir a outras pessoas. Uma das possibilidades é centralizar os pedidos e escoar as demandas entre os parceiros. “Isso dá força para quem precisa de renda e ajuda a atender a demanda.”
8. Oportunidades
Este é um bom momento para iniciar e estreitar os relacionamentos com os clientes. “Quando voltarmos do período de isolamento, você terá uma base de contatos”, diz a consultora. Participar e divulgar ações solidárias, como a própria doação de máscaras, também é uma forma de gerar impacto e engajamento ao mesmo tempo.